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Chegando em Porto (aeroporto)
Cais da Ribeira, Porto |
O aeroporto de Porto é relativamente pequeno e
com muitas placas indicativas. É obrigatório comprar um cartão individual para
a utilização do metrô e a operação de compra também deve ser feita
individualmente. Ou seja, eu quis comprar dois tickets de uma vez, mas no fim,
eu estava comprando duas viagens para um único cartão. Um ajudante que estava
perto chamou minha atenção e apontou as regras ao lado da máquina (em
português, inclusive! Haha). Ah, e se for o seu primeiro destino em Portugal e
não tiver dinheiro trocado, é melhor voltar ao saguão e comprar algo, pois as
máquinas aceitam apenas moedas. Um sistema meio português burro,
mas enfim. Cavamos todas as moedas do bolso e compramos dois tickets pra zona 4
(tem um mapa ao lado e é só conferir a estação que precisa ir saindo do
aeroporto, eles calculam cada zona por tempo de viagem. O mapa do metrô é bem simples, o aeroporto fica
na Zona N10 e nosso hotel ficava entre a estação Bolhão e Campo
24 de Agosto (ambas na zona C1). O cartão custa 0,60€ e a viagem para
a Z4 1,95€. Saindo do aeroporto tem apenas a Linha E sentido Estádio do
Dragão. Eles oferecem ainda um “andante tour 1” de 7€ válido por 24 horas e
“andante tour 3” de 15€ válido por 72 horas. Mas como nosso hotel era
extremamente central, acertadamente compramos um bilhete único e depois não foi
mais necessário utilizar o transporte da cidade.
Estação Ferroviária de Porto - São Bento |
É necessário validar o ticket apenas antes de
entrar no metrô. Caso troque de linha, precisa validar de novo antes de entrar
na próxima condução. Não há catracas ou controle permanente. Se ainda estiver
dentro do tempo comprado (de acordo com a zona), não tem problema e nenhuma
taxa adicional será necessária.
Para checar preços atualizados é só clicar aqui.
2 noites e 1 dia em Porto:
Na primeira noite, apenas saímos pra dar uma
volta rápida na redondeza e, obviamente, comer bacalhau, tomar vinho e
finalizar com um vinho do porto. Apesar de termos ficado numa área mais
central, era um pouco “longe” dos pontos turísticos, o que resultou num jantar
mais barato que esperávamos (pratos variam entre 7 e 12 euros). Saímos de lá e
fomos pra um bar na tal região badalada (próximo da Rua da Galeria de Paris)
pra tomar uma cerveja portuguesa (sei que é covardia comparar com a cerveja
alemã, mas foi a primeira e única! :D) e escutar música, nesse dia, brasileira!
Pra ser sincera, Porto foi amor à primeira vista!
Terreiro da Sé, Porto |
No dia seguinte, logo cedo, nos preparamos para
o walking tour. Pensamos que teríamos a opção em português, mas
ainda em Portugal as opções são: inglês e espanhol. Pela primeira vez na vida
fiz um tour em espanhol. Mas como o nosso guia estava aprendendo espanhol e ele
falava basicamente um portunhol, foi bem tranquilo! Na verdade, mais que isso,
foi sensacional! Pra quem tem pouco tempo na cidade, que era nosso caso, vale
muito a pena. O tour foi de 3 horas, repleto de história e visita nos locais
por tempo cronológico, e onde descobrimos que o vinho do porto nada tem a ver
com a cidade de Porto. Foi bem chocante na verdade...
Rio Douro e a Ponte S. Luís I |
O tour incluiu todos os pontos turísticos
centrais: iniciando na parte medieval (Sé do Porto), passando pelo Palácio da
Bolsa, Cais da Ribeira, Ponte S. Luís I, Rua das Flores, Estação São Bento,
Livraria Lello e finalizando na Torre dos Clérigos.
Torre dos Clérigos |
Durante a tarde comemos bolinhos de bacalhau e os
pastéis de nata, deixamos o almoço pra lá pra poder explorar melhor a cidade.
Depois do tour ainda passamos pelos jardins do Palácio de Cristal e chegamos
até o Mercado do Bom Sucesso. Eu queria ir pra Foz do Douro (praia!!), ao menos
pra caminhar beira mar, mas estava ventando muito e prometendo chuva até a
noite e resolvemos caminhar somente beirando o rio Douro. Pensamos em visitar
as adegas, mas concordamos que um tour explicativo no dia era suficiente e que
o dinheiro seria mais bem gasto bebendo vinho que pra saber como eles são
produzidos. Passamos ainda pelo famoso Café Majestic (claro que só por fora) e
pelo Mercado do Bolhão, mas já estava fechado.
Jardins do Palácio de Cristal |
Pegamos um pouco de chuva e voltamos para o hotel
pra deixar câmera e mochila e descansar um pouco até sair pra jantar. Dessa
vez, eu resolvi experimentar o tal do famoso prato típico de Porto (que até
então eu ignorava a existência): “francesinha”, que é feito com fatias de pão
de forma com salsichas, linguiça e bife no meio, queijo derretido por cima, um
ovo frito por cima do queijo, molho de cerveja com caldo Knorr e batata frita
pra acompanhar. Não me perguntem o porquê de inventar de comer esse negócio. O
prato não era de todo ruim, mas eu odiei o molho. Meu pai escolheu as sardinhas
com legumes e batata, pra sorte dele tenho preguiça dos espinhos da sardinha ou
ele teria perdido o prato dele.
Porto a Fátima
Santuário de N. S. de Fátima |
Não há trem (comboio) de Porto para Fátima. Se a
intenção fosse ir direto pra Lisboa, o preço do ticket seria entre 24 e 30
euros (dependendo de qual velocidade de trem escolhêssemos). Sei que é mais
barato se comprado com antecedência, mas preferimos deixar mais espontâneo de
acordo com nossa necessidade. Dessa forma, compramos nosso ticket na hora da
Rede Expressos na rodoviária (estação de autocarros) que fica na Praça da
Batalha. O bilhete comum custou 17,50€ e há desconto pra estudante (até 30
anos), que fez o preço cair pra 14,90€ (se você não perguntar pelo desconto,
ele não é oferecido). São 2 horas de viagem e não há paradas entre as duas
cidades.
Fátima
A rodoviária em Fátima é quase dentro do
santuário, o que facilitou muito a visita. Chegamos às 10:00 e compramos o
ticket de ônibus pra Lisboa às 15:00. No próprio guichê da rodoviária tem um
guarda volumes onde é possível deixar malas/mochilas. Deu tempo mais que
tranquilo de tomar café da manhã, assistir missa (tem quase que de hora em
hora), acender nossas velas e conhecer o santuário. Ainda compramos algumas
coisinhas – fora do santuário, dentro dele não vimos comércio algum, nem mesmo
cafeteria – comer alguma coisa rápida e esperarmos um tempo na rodoviária até
dar nosso horário. Tivemos a sorte de visitar esse ano, justamente no ano do
centenário das aparições de Fátima (1917-2017), com direito à oportunidade
super bacana de ver a exposição temporária “as cores do sol” sobre o
centenário. No site
oficial tem horários de
missa, confissões e terços. O santuário é lindo, mas vale a pena apenas
para assistir uma missa e seguir viagem.
Santuário N. S. de Fátima |
Fátima a Lisboa
Ônibus (autocarro) pra Lisboa custou 12€ (10,20€
com desconto) e a viagem durou 1 hora e meia, também sem paradas. O ônibus
chega diretamente na estação de Sete Rios/Jardim Zoológico.
Pra consultar horário e preços atualizados é só clicar aqui.
Transporte em Lisboa
Bondinho em Lisboa |
Extremamente confuso, diga-se de passagem. Nos
mapas turísticos, há apenas o mapa do metrô, que se resume em quatro linhas.
Como o objetivo inicial era chegar ao hotel, compramos nosso ticket de uma ida
até nossa estação. O metrô é o mesmo esquema de SP, enquanto não sai da área
interna, pode trocar de linha quantas vezes você quiser. No metrô, diferente de
Porto, é necessário validar o cartão ao entra e sair. Se for ônibus/bondinho, é
apenas ao entrar.
Nosso maior problema com o transporte foi
encontrar um mapa completo com as linhas, seja impresso ou informativo no
próprio ponto de ônibus. No máximo eles adicionam as linhas dos comboios no
mapa do metrô – o que deixou mais confuso, pois achamos que tinha uma linha de
metrô até Belém, por exemplo, mas na verdade era comboio. Não há informações
sobre ônibus e bonde (somente os nomes dos pontos, que não ajudam muito).
Basicamente pegávamos as linhas na sorte ou por ver o destino final escrito na
frente. Como pegamos um cartão pra 24 horas, se estivesse errado, era só descer
e pegar outro. Mas pra uma capital, ficou bem a desejar.
O bilhete diário é uma mão na roda, mas
precisamos de algumas horas pra entender o que era a tal de carris, transtejo
(cacilhas) e CP. Não há informação alguma nas estações por escrito que possam
ajudar turistas. E se você tiver o azar de precisar comprar um ticket no
domingo saindo de uma estação pequena, que foi nosso caso, não há ninguém nos
guichês pra ajudar. As opções eram: Carris/Metro 6,15€ - Carris/Metro/Transtejo
(Cacilhas) 9,15€ - Carris/Metro/CP 10,15€, todos válidos por 24 horas após
primeira validação. Descobrimos depois que a tal de Carris era a empresa de
ônibus e bondinho, acreditamos então que a primeira opção atenderia nossas
necessidades. Ah, o cartão custa adicionalmente 0,50€ e é válido por um ano.
Ainda que a intenção seja utilizar esporadicamente, fica mais barato comprar um
único cartão e colocar crédito nele (segundo nosso “guia”, o crédito descontado
do cartão é mais barato que comprar unitário com o motorista).
2 noites e 1 dia em Lisboa
Nós nos hospedamos na freguesia de Arroios,
próximo da Baixa-Chiado e razoavelmente próximo do Bairro Alto (uns 2 km). Na
primeira noite fizemos apenas um reconhecimento de território, caminhamos até a
Marquês de Pombal e de lá descemos a Avenida da Liberdade toda, passamos por
Rossio, Baixa-Chiado e Praça do Comércio. Passeamos um pouco na orla do Tejo, a
intenção era chegar até Santa Apolónia passando pelo Museu do Fado, mas achamos
uma redondeza um pouco abandonada então voltamos pra jantar na Baixa-Chiado:
mais uma noite de peixe (bacalhau e salmão) e vinho, claro.
Depois da nossa experiência super positiva com
o walking tour em Porto, fomos cedinho pra Praça Luís de Camões
encontrar o pessoal pra 4 horas de tour pelo centro de Lisboa. Dessa vez não
tinha ninguém mais interessado no tour em espanhol e ficamos no guia inglês.
Azar em dobro, nosso guia era beeeem maçante. Abandonamos o tour depois de
quase 1 hora e 5 quadras (!!!!!!) com a história dos reis de Portugal até
início de Lisboa e zero conhecimento sobre a cidade.
Mosteiro dos Jerónimos |
Decepcionados com o fiasco, compramos nosso
ticket 24 horas carris/metro e fomos em direção a Belém. Em Cais de Sodré,
descobrimos que a tal linha cinza era comboio, e nosso ticket não permitiu
nossa entrada. Ok, saímos da estação e vimos, por pura sorte, um bondinho indo
pra Belém! Descemos no ponto final, ao lado do Mosteiro dos Jerónimos.
Aparentemente nós tivemos a sorte (ou azar) de ir pra Belém no primeiro domingo
do mês, quando as visitas à Torre de Belém e ao Mosteiro dos Jerónimos são
gratuitas. Ambos estavam com filas quilométricas.
Torre de Belém |
Compramos salgados de peixe, um vinho verde e nos
sentamos em frente da Torre de Belém por um tempo, observando o rio Tejo, os
turistas passando e tava rolando até uma pelada de locais. Por fim, decidimos
não perder tempo do passeio parados em filas nem de um e nem de outro.
Caminhamos pela orla do Tejo até o Padrão dos Descobrimentos, visitamos uma
feirinha no Centro Cultural de Belém e finalizamos a visita comendo os famosos
pastéis de Belém (pra comida a gente faz um esforço e fica na fila! :D). Sério,
nenhum pastel de nata chega aos pés do que a gente comeu lá.
Padrão dos Descobrimentos |
Esperando o bondinho comendo os pasteizinhos de Belém |
Por fim, pegamos um bondinho L-O-T-A-D-O até o
Cais do Sodré e caminhamos de novo ao longo do rio Tejo até a Praça do
Comércio. Então subimos pro Elevador de Santa Justa, incluso no ticket 24 horas
(operado pelo carris – mas somente pra pegar o elevador, e não pra vista
panorâmica no andar de cima). De lá finalmente pegamos o bondinho histórico até
Prazeres (número 28) e voltamos na mesma linha até Arroios.
Cais do Sodré |
Passamos no hotel e voltamos no Bairro Alto pra
jantar. Finalizamos a viagem com caldo verde, mais bacalhau, salmão e vinho.
Para uma próxima vez, ficou faltando ir para o castelo de S. Jorge e assistir o
Fado. Quem sabe não voltamos logo!
Rio Tejo, Lisboa |
Aeroporto Lisboa
O aeroporto de Lisboa é bem tranquilo de chegar.
O próprio metrô tem uma estação dentro dele! Além do metrô, há shuttles e linhas de ônibus que vão ao aeroporto.
Um único porém é, caso esteja viajando com companhias low-cost, precisa pegar um
ônibus para o Terminal 2. Mas nada problemático. É só chegar com tempo, o
ônibus é gratuito e sai de 10 em 10 minutos.
Na Alemanha: aeroportos de Weeze e Frankfurt-Hahn
O aeroporto de Weeze, apesar de fora de mão e
demorado pra chegar, é relativamente tranquilo. Mas o aeroporto de
Frankfurt-Hahn foi a pior ideia da viagem. Pensei que aproveitaria o ticket
super em conta da Ryanair e, de quebra, passearia em Frankfurt antes de voltar
pra Aachen. Mas o aeroporto fica no meio do nada e a distância do aeroporto até
Aachen é basicamente a mesma até Frankfurt. Não tem nenhuma estação de trem por
perto e ônibus são escassos. Eu só queria saber se podia sair dali com o ticket Quer-durchs-Land (que cobre todo território alemão
– que, aliás, é ótimo pra quem está viajando pela Alemanha: custa 44€ pra uma
pessoa e 8€ adicionais pra cada pessoa extra– pode viajar no máx. 5 pessoas por
um dia inteiro, sem limites, apenas nos trens regionais), como estava fora do meu estado,
seria a opção mais em conta pra duas pessoas de forma espontânea, mas pelo
jeito os funcionários do balcão de informações do aeroporto não estão muito
atualizados sobre isso.
Recebi a “dica de ouro” de conversar direto com o
motorista de ônibus em 2h e meia, quando viesse o próximo ônibus pra Koblenz.
Quando deu o horário, percebemos que não vinha ônibus algum. Do outro lado do
aeroporto tinha uma companhia privada que
operava alguns destinos como Trier, Mainz, Mannheim, Frankfurt, Luxemburgo ou
França. Na verdade quase fomos com eles pra Trier – o ticket custaria 22 euros
por pessoa comprando no ônibus, na hora. Se eu comprasse online (também na
hora), seriam 12 euros. O ônibus foi vazio, mas não me venderam pelo preço da
internet e no meio do nada, obviamente a conexão não ajudou muito pra conseguir
comprar a tempo. E enquanto estava conversando no guichê deles pra enfim pegar
o ônibus pra Frankfurt (15 euros por pessoa – 2 horas de viagem e de lá ver o
que faríamos pra chegar em Aachen), a funcionária, que poderia não me dar
informação alguma, fez o serviço que deveriam ter feito no balcão de
informações do aeroporto: google e telefonemas e descobriu que eu poderia sim
pegar ônibus com o ticket que eu queria comprar desde o início e me explicou,
de forma correta, onde era o ponto de ônibus que eu estava procurando. Ou seja,
estávamos o tempo todo no lugar errado. É FORA do aeroporto!
Com essa informação, não fazia sentido pagar
extra num ônibus privado e depois adicionalmente comprar o ticket de trem.
Fomos pra estação de ônibus público e lá o motorista não vendia o ticket porque
eles não são válidos nas linhas de ônibus (oi?). Exaustos, simplesmente
entramos no ônibus e seguimos pra próxima estação de trem da região, em Bullay
(?), do tipo, no meio do nada mesmo! De lá, conseguimos comprar o ticket Quer-durchs-Land e
finalmente chegamos em Koblenz, onde já deu pra relaxar e pegar a linha direta
até Colônia. Aproveitamos pra esticar o passeio lá, visitar a catedral, centro
histórico, jantar e, finalmente, terminar nosso passeio seguindo pra Aachen.
Catedral de Colônia, Alemanha |
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