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sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Um final de semana de castelos: Hambach e Heidelberg!



No último final de semana voltamos à Neustadt para visitar a Oma. Já escrevi um post sobre a cidade uma vez aqui no blog. Mas como fizemos programas diferentes vou escrever outro!
Neustadt na verdade é onde montamos base, mas dessa vez passamos todos os dias em Deidesheim. No dia que chegamos, a cidade estava inteira envolta em neblina, não era possível ver nada muito longe! Como tenho certeza que ninguém nunca ouviu falar sobre Deidesheim (que na verdade pertence à Bad Dürkheim), dá pra adivinhar que é uma cidade muito pequena (3.700 hab), inteira ladrilhada, construções antigas e restaurantes tradicionalíssimos do Séc. XIII. Achei a cidade mágica, anda mais quando os sinos da igreja tocavam de algum lugar enquanto passeava pelas ruas cobertas de folhas amareladas do outono e a névoa no ar...

Centro de Deidesheim.

No dia seguinte, logo de manhã, fomos visitar o Castelo de Hambach. Recomendo fortemente abandonar a preguiça e subir a montanha à pé, principalmente se for outono. O caminho é lindo demais, fiz várias pausas para recuperar o fôlego, mas valeu a pena! Tem várias indicações de caminhos pela cidade pela floresta para chegar nele, não tem erro. Mas caso prefira, é só pegar o ônibus 502 na Hauptbahnhof e descer direto no castelo. 

Caminho pela floresta entre verde, amarelo e marrom...

Vista do Castelo de Hambach.

O Castelo de Hambach é considerado o berço da democracia alemã por causa de uma manifestação/festival que ocorreu nele em 1832 com a primeira aparição das cores da bandeira de hoje (ouro-vermelho-preto) apoiando a unidade alemã. Para saber mais recomendo visitar o castelo que hoje é um museu, e a entrada é bem simbólica. 

Castelo de Hambach
Mas como uma grande parte dos castelos europeus, ele foi parcialmente destruído, então por dentro está completamente modernizado. O bacana é ver as ruínas dos muros originais e a parte restaurada. E o não bacana é um restaurante que eles construíram ao lado no “mesmo estilo” (não consegui ver onde) do castelo. Mas enfim, tem gosto pra tudo!

Entre as ruínas e parte restaurada.

Antes de ir para Deidesheim fomos caminhar na Altstadt de Neustadt, aproveitamos para comer na feira, degustar os produtos da região e tomar um pouco de sol, por incrível que pareça veio um último suspiro do sol em pleno início de novembro!
No dia de voltar pra casa, aproveitamos para passear em Heidelberg. Infelizmente choveu o dia inteiro, mas nem por isso a cidade deixou de ser encantadora. Nosso trem pra Düsseldorf partiria à noite de Mannheim, então preferimos não perder muito tempo e fomos direto pra Altstadt. Caminhamos pelas lojas, passamos pela Igreja do Espírito Santo (Heiliggeistkirche) descemos pro rio Neckar e, depois de vê-lo lá em cima o dia todo, finalmente fomos para o Castelo de Heidelberg.

Vista do Castelo de Heidelberg lá no alto.

Castelo de Heidelberg.
É outro castelo em ruínas, mas bem mais imponente que o de Hambach. Para visitar os jardins não precisa pagar, mas também não foi caro, 4 euros (estudante). Não que seja muito diferente, sinceramente só dá pra chegar mais perto das ruínas, mas não restou muita coisa para poder ver por dentro. No castelo é possível ver o maior barril de vinho do mundo e também um museu da Farmácia Alemã, o último infelizmente estava fechado durante nossa visita.

Ruínas do Castelo de Heidelberg.
 
Vista da cidade e do rio Neckar de cima do Castelo de Heidelberg.



Heidelberg é uma cidade bem turística, mas também é uma cidade universitária. É onde fica a universidade mais antiga da Alemanha, fundada em 1386! E também é super internacional, 1/5 dos alunos são estrangeiros. Outra coisa que descobri nessa viagem foi que os americanos tem algumas bases militares na Alemanha, a de Heidelberg é a mais antiga. Os EUA chegam a ter 52 mil soldados em território alemão, sendo a segunda maior base americana no exterior (perde apenas para a base que eles mantém no Afeganistão).
Enfim, finalmente fomos para Mannheim e, como ainda tinha um tempo considerável até nosso trem partir, fomos passear pelo centro. Adorei o calçadão e como as lojas estão concentradas em um único lugar! Confesso que ainda fico perdida em Düsseldorf para achar o que eu preciso (ok, a cidade é metade de Düsseldorf), mas achei bem organizado, e amei ver várias decorações de natal! Uma pena que está escurecendo tão cedo, não vi nada além do comércio e no trem de volta raras vezes consegui ver o rio e um ou outro castelo iluminado pela lua... 

Fonte: wikipedia e dw.